Olá a todos, vou falar-vos sobre Antuérpia.
Antuérpia, em flamengo “Antwerpen”, significa “mão lançada”. Na verdade é uma lenda que reza assim:
Era uma vez um gigante que exigia o pagamento de um imposto quando alguém passava perto do rio. Quando não pagavam, cortava-lhes uma mão que atirava para o rio. Um dia, veio o sobrinho de Júlio César, Silvio Brabo (supõe-se que é daí que vem o nome “brabant”), que quando passou pelo gigante não quis pagar, então o gigante revoltou-se e a seguir travou-se uma grande luta. No fim, foi Brabo que ganhou e a seguir cortou a mão do gigante e atirou-a para o rio, e é daí que vem o nome Antwerpen, “Ant” em flamengo é “mão” e o verbo “werpen” que significa “lançar”. Até podemos ver uma estátua no centro de Antuérpia que representa esta lenda.
Houve muitas lutas entre católicos e protestantes. Por fim foram os católicos que venceram no domínio da cidade. Para marcar isso foram construídas muitas estátuas de Santa Maria (Nossa Senhora) nas fachadas dos edifícios principais mas também nas esquinas das casas normais. Era uma forma de afirmar a sua crença religiosa. Ainda hoje podemos ver essas estátuas de Santa Maria, todas diferentes umas das outras, nas várias esquinas das ruas antigas do centro da cidade.
Antuérpia tem uma igreja que não está acabada. Essa igreja é a Catedral de Antuérpia. Tem duas torres, uma com 123m de altura e a outra, que não foi terminada, porque não havia dinheiro suficiente. Mas antes desta catedral que é do estilo gótico, havia uma mais antiga em estilo românico. O estilo gótico caracteriza-se por arcos em ogiva, torres muito altas buscando o céu (Deus) e um trabalho rendilhado da pedra.
Há poços muito fundos porque os habitantes necessitavam de muita água e então era a partir dali que as pessoas viviam.
Antuérpia é uma cidade onde pudemos ver casas da época gótica, renascentista e barroca. No gótico é tudo em altura e janelas ogivais; no estilo renascentista são linhas planas e janelas rectângulares; no barroco há decorações nos telhados como por exemplo picos ou personagens, dá-se muita importância aos detalhes.
Antuérpia foi um dos portos mais famosos. O porto de Bruges perdeu a sua importância devido ao aumento da quantidade de areia que impedia a passagem dos barcos com mercadorias. Então passou a ser o porto de Antuérpia, porque tinha melhores condições de acesso à intensa navegação pelo Mar do Norte.
Visitámos o museu Plantin-Moretus que é dedicado à imprensa mas que tem também lindas tapeçarias nas paredes e quadros, ou cópias de quadros, de Rubens. A invenção da imprensa foi um dos
momentos mais marcantes da história da Humanidade; permitindo a expansão do saber a quase todos os povos. Neste museu estão armazenadas 6 toneladas de caracteres de tipografia. Pudemos observar máquinas antigas de tipografia mas que ainda hoje poderiam trabalhar. Nas pranchas de tipografia os caracteres são ordenados “em espelho”, quer dizer como se fosse o negativo de uma fotografia. Quando se aplica a prancha sobre o papel as letras ficam impressas de forma correcta.
Havia também máquinas para fazer gravuras. A gravura é uma técnica diferente da tipografia, em que se grava uma chapa de cobre na qual a tinta passa e depois o desenho é passado para o papel através da pressão entre o papel e a chapa de cobre. Também se pode fazer gravuras usando um ácido, conhecido como água-forte, mas aí a chapa de cobre gravada tem que ser passada pelo ácido.
Fomos depois visitar a casa de Rubens, que era a casa onde ele de facto viveu e trabalhou. Gostei das paredes revestidas de couro e achei engraçado a sua cama ser tão pequena.
Depois passeámos pela cidade animada e cheia de gente, tomámos um refresco e regressámos de autocarro para a escola.
Achei esta visita espectacular e agradeço ao professor por ter organizado este passeio.
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